1D imagines

 24 de dezembro. Era noite de natal. Sozinha, na casa de uma tia em Londres, você não podia pensar em algo bom pra se fazer. Às 22h você ainda vestia o pijama que tinha usado na noite passada, estava calçada com a sua pantufa de coelho e se perguntava o que iria fazer. Era difícil arranjar algo para fazer, enquanto você observava pela janela, as casas dos seus vizinhos. Uma delas tinha uma animação a mais. Você olhava, e sem querer sorria. Era como se tudo o que queria era estar lá.
 Deixando escapar esses pensamentos, decidida a salvar aquela noite, subiu a escadaria às pressas e entrou para o banho. Nada poderia ser mais perfeito que cada gota de água caindo pelo seu corpo. E enquanto o frio ia sendo consumido pelo calor da água quente, você pensava: “Tudo bem, ele está logo ali na frente.”. Vocês já haviam se encontrado algumas vezes enquanto caminhavam, trocavam um pouco de palavras e sorrisos, mas nada formal. Você sabia também que o convite para que passasse o natal ao seu lado não era formal, mas adoraria. Ele era a pessoa que você admirava em segredo há alguns anos, mas em seus raros encontros repentinos, você nunca havia pensado em dizê-lo que já o conhecia.
 Quando se cansou do chuveiro, decidida a visitá-lo, você se vestiu. Estava extremamente bem arrumada e perfumada. Os últimos retoques no cabelo e na maquiagem te davam tempo pra pensar se aquela era a coisa certa a fazer. Sim, era sim. Terminada de se arrumar, e já descendo as escadas, você foi surpreendida pelo toque da campainha. Quem poderia ser? Estava atrasada e tinha alguém que iria te atrapalhar a chegar pelo menos antes da ceia! Não havia nada mais repugnante que a ideia de chagar lá e saber que eles te acham esquisita… Mas sua visita não te atrapalharia. Não. Não de verdade.
 Você sequer conseguia piscar os olhos ao ver a beldade parada na sua porta. Cabelos escuros, um moletom vermelho, calça jeans lavada e um sorriso encantador, era ele quem lhe batera a porta.
─ Achei que você não fosse… ─ disse ele antes mesmo de você o convidar para entrar.
─ Achei que não devesse, mas… Estou pronta! ─ você sorriu, sentindo o frio outra vez invadir seu corpo te fazendo arrepiar os pelos dos braços.
 Ele notou um pouco do seu nervosismo, mas não disse nada. Não havia algo para dizer. Abaixo do céu estrelado, vocês caminhavam vagarosamente. Ele te olhava, sorria e desviava os olhos toda vez que você ia examiná-lo.
─ Não ligue para eles, tá? ─ ele cortou o silencio antes de chegarem a porta de casa.
─ Seus amigos devem ser legais. ─ você tentou manter-se na mentira de não saber onde estava se metendo. Ele te encarou como quem estivesse analisando sua resposta e logo abriu a porta.
─ Eles são malucos! ─ disse finalmente.
 Louis foi a primeira pessoa que os viu adentrar o local, mas aparentando estar cansado, evitou comentários; Harry, sendo mais indiscreto, aproximou-se de vocês, e lhe beijando a mão disse:
─ Encantado!
 Zayn não tinha ficado muito a vontade com o cumprimento de Harry, mas para não demonstrar sua insegurança, sorriu e verificou o olhar do garoto de cabelos cacheados.
─ Niall e Liam, vocês poderiam vir aqui um segundo? ─ perguntou Zayn, enfiando suas mãos nos bolsos de seu moletom.
─ Claro! ─ os dois outros garotos responderam juntos e seguiram em direção à sala.
Ao te verem, sorriram instintivamente, demonstrando extrema felicidade por te ver. Estava óbvio que eles sabiam que sua presença era contada. Você estranhou de inicio, mas logo se obrigou a aceitar a situação.
─ Zayn se esqueceu de mencionar que você era tão bonita. ─ disse Louis, se aproximando. ─ Desculpe não vir lhe cumprimentar quando a vi, mas estou um pouco cansado. Estava dançando com Harry… ─ se desculpou.
─ Ah, eu não… ─ você começou a falar quando Zayn te interrompeu.
─ Acho que os detalhes são pra ser observados pessoalmente. ─ sorriu e passou os braços a volta da sua cintura, te levando para outro lugar, onde não havia ninguém.
 A varanda de fundos da casa dele era encantadora. E como as estrelas do céu fossem pequenas futilidades do lado dele, você sorria incessantemente.
─ Eles são assim… ─ Zayn começou a falar. ─ Falam coisas estranhas toda hora. ─ concluiu.
 Você sabia que já era hora de mencionar que já o conhecia, mas observando seu jeito misterioso e tímido, pensava se deveria falar assim de qualquer maneira. Decidindo parar com a forma “eu te conheço, mas quero fingir que não”, você se aproximou um pouco e disse:
─ Eu os conheço, Zayn. Sou fã de vocês.
 Ele te olhou maravilhado com sua franqueza, e abriu o maior de todos os sorrisos. Parecia que isso era tudo o que ele precisava ouvir; como se essa verdade fosse fazê-lo mais aberto e espontâneo.
─ Eu também sou seu fã. ─ ele disse pegando suas mãos. De inicio você não entendeu, mas notando estranha mudança no olhar do menino, ouviu sua explicação para tal frase: ─ Há 15 dias e 8 horas, quando te vi na janela de seu quarto, na casa de sua tia, virei fã desse sorriso.
─ Eu não o entendo, Zayn. ─ você disse confusa, e antes de ele começar a explicar novamente, te deu um breve beijo.
─ Eu também não entendo, mas preciso de você por pelo menos uma noite. ─ disse outra vez e lhe roubou um beijo mais intenso agora.
 No primeiro segundo de beijo, o relógio marcou 00h00min e as casas vizinhas soltaram seus foguetes, comemorando o tão esperado natal.
cdt: fan-fics1d